sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A Ciência e a Nutrição


No mercado existem inúmeros produtos suplementados em ómega-3, em antioxidantes, fibras, bactérias vivas, etc. Muitas vezes, a acompanhar esta informação temos um nutricionista a explicar os benefícios destas adições, o que leva a que haja a ideia que devemos substituir os alimentos ditos "normais" pelos deste tipo, o que não é necessariamente verdade. Não estamos com isto a dizer que estes alimentos não possam ser utilizados. Existem situações em que alimentos enriquecidos podem ter uma enorme utilidade, por exemplo, o caso dos produtos suplementados com DHA (um tipo de ómega-3).
O nutricionista vê-se numa posição difícil no que diz respeito à recomendação do consumo de peixe a grávidas. Por um lado, a evidência diz-nos que o peixe contém elevados níveis de ómega-3 que são essenciais à formação do sistema nervoso do bebé; por outro, tem que se alertar a grávida que, consumindo grandes quantidades de peixe, corre o grave risco de sofrer de toxicidade de mercúrio (principalmente por alguns tipos de peixe), que pode levar a graves danos no feto, a partir de determinadas concentrações. Aqui, o nutricionista poderá ser da opinião que vale a pena a mulher, durante esta fase, consumir produtos suplementados com ómega-3. (Saiba mais acerca deste assunto, lendo esta notícia recente, U.S. agencies stick to pregnancy fish-eating limits).
Em resumo, a ciência torna-se num grande suporte para o nutricionista, que avalia todo um conjunto de informações com o objectivo de ser claro e concreto na sua intervenção diária.

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